28 de Dezembro de 2024

EBD: Lição 13: As Promessas de Deus são Infalíveis - 4º Trimestre 2024

INTRODUÇÃO

A Bíblia revela atributos exclusivos de Deus: sua onipotência, onipresença, onisciência, e, o que enfatizaremos nesta lição, sua imutabilidade. Por isso, Ele não falha em suas santas promessas, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. A infalibilidade de Deus em suas promessas é um tema de grande valor que fortalece a nossa vida espiritual e aprofunda o nosso relacionamento com Ele.

 

I. DEUS É INFALÍVEL

1. A infalibilidade de Deus. O Salmo 102 revela a autoridade de Deus, exemplificada pelo seu governo sobre a Criação (v.25). Contudo, o salmista faz o contraste entre Deus e sua Criação; o que há na Criação um dia passará, envelhecerá e mudará, mas o Criador não muda, Ele permanece para sempre (v.26). A imutabilidade de Deus revela que Ele é infalível (v.27). Por isso que, na Bíblia, não há uma só referência que mostre que Deus falhou em seus planos, palavras e promessas. Ele é absoluto, infalível e imutável.

2. Uma promessa infalível. Em 2 Pedro 3, vemos que o apóstolo Pedro tem o propósito de responder à igreja a respeito da suposta demora do retorno do Senhor Jesus. Ele explica que o tempo de Deus é diferente do nosso, pois Ele é o Criador e nós somos as criaturas (v.8). O motivo de o Senhor ainda não retornar para nos buscar nada tem a ver com alguma falha em sua promessa, mas por sua longanimidade e bondade, pois não deseja que o ser humano se perca (v.9). Ele é paciente. Mas haverá um momento em que o Senhor voltará, surpreenderá a muitos e transformará todas as coisas (vv.10-13). A promessa de sua vinda é infalível.

3. A Palavra infalível de Deus. Ao longo da Bíblia, vemos que Deus cumpre suas promessas, conforme lemos em Reis: “Bendito seja o Senhor, que deu repouso ao seu povo de Israel, segundo tudo o que disse; nem uma só palavra caiu de todas as suas boas palavras que falou pelo ministério de Moisés, seu servo” (1Rs 8.56). Esse texto confirma a infalibilidade de Deus em cumprir suas preciosas promessas. Ele não esquece nenhuma delas, porque é zeloso para cumprir o que prometeu (Jr 1.12). Portanto, a Bíblia, a Palavra de Deus, é a fonte de promessas infalíveis para as nossas vidas.

 

II. DEUS NÃO MENTE NEM SE ARREPENDE

1. Deus não mente nem se arrepende. Em Números lemos que Deus “não mente” nem “se arrepende” (Nm 23.19). Ao longo do capítulo 23, há um contexto que reforça a verdade de que o Altíssimo não mente nem se arrepende. Por ocasião da tentativa de Balaque em fazer com que Balaão amaldiçoasse o povo de Israel, lemos que, ao introduzir a mensagem da Palavra de Deus que não agradaria a Balaque, o profeta Balaão enfatizou que Ele não mente nem se arrepende para, em seguida, arrematar: “Eis que recebi mandado de abençoar; pois ele tem abençoado, e eu não o posso revogar” (Nm 23.20). Assim, Balaão não podia fazer o que Deus não havia decretado.

2. Deus se arrependeu? Em Gênesis 6 lemos que Noé construiu uma arca para a salvação dele, de sua família e dos animais por causa da destruição que viria devido à grande corrupção e violência da sociedade de sua época (Gn 6.3,14; 1Pe 3.20). Entretanto, esse mesmo texto diz que Deus havia “se arrependido” de ter feito o ser humano, pois “pesou-lhe o coração” ao contemplar o caminho de corrupção e violência que a humanidade decidiu trilhar. Assim, poderíamos nos perguntar: Afinal de contas, Deus se arrepende?

3. Uma aparente contradição. Em Números lemos que Deus não “se arrepende” (Nm 23.19), em Gênesis, que Ele “se arrependeu” (Gn 6.6). Contudo, em Gênesis 6, o “arrependimento” nada tem a ver com algo que Ele tenha feito de errado, ou alterado um plano original, mas sim com o que a humanidade fez com o plano e o propósito que o Senhor havia delineado para ela desde sempre. Juntamente com a expressão “arrependimento”, a expressão “pesou-lhe em seu coração” traz a conotação humana aplicada a Deus para reforçar a ideia do quanto Ele se entristeceu com a escolha que o ser humano fez. Na Teologia, damos o nome a esse fenômeno presente nas Escrituras de “antropopatismo”, ou seja, a forma que o autor sagrado usa para atribuir características humanas a Deus, no sentido de que a mensagem fosse mais bem compreendida pelo leitor do texto sagrado. Em Gênesis 6, a falha não estava em Deus, mas no ser humano; o “arrependimento” de Deus não era em relação ao seu plano criador, mas ao ato rebelde do ser humano.

 

III. AS INFALÍVEIS PROMESSAS DE DEUS

1. Um plano glorioso. A queda do ser humano não pegou Deus de surpresa. Pelo contrário, havia um plano delineado por Ele desde o início, conforme lemos em Apocalipse: “E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13.8). Um plano glorioso que, segundo o conselho da sua vontade (Ef 1.11,12), já havia sido planejado por meio de Jesus, o nosso Salvador (Jo 1.1-4). Assim, o mistério da salvação foi revelado como promessa infalível de Deus (Gn 3.15; Jo 3.16).

2. A eternidade. Juntamente com o seu plano de salvação, Deus promete a vida eterna (1Jo 2.24,25). Isso mostra que não fomos criados para a queda, para a rebelião contra Deus e, consequente, a finitude. Fomos criados para, eternamente, andar e viver na presença de Deus. Dessa forma, o Senhor Jesus é o garantidor da eternidade que um dia experimentaremos por ocasião de sua vinda e transformação do nosso corpo corruptível em um incorruptível, celestial (1Co 15.54).

3. Esperança forjada na promessa infalível de Deus. Ao longo dos séculos, o ser humano busca uma maior expectativa de vida. Ele a tem buscado no suporte dos avanços da Medicina, dos novos recursos científicos e tecnológicos à disposição da humanidade. Mas o envelhecimento e a morte são realidades vivenciadas pelo homem, inexoravelmente. Contudo, os que têm a sua esperança forjada na promessa infalível de Deus sabem que nada nesse mundo pode enfraquecer a alegria da salvação que desfrutamos em Cristo Jesus. Compreendemos que a vida é um dom de Deus (Rm 6.23) e que, por isso, de maneira grata e alegre, tomamos a caminhada com Deus até chegar o dia em que o conheceremos como Ele nos conhece (1Co 13.12).

 

CONCLUSÃO

Concluímos mais um trimestre estudando a respeito das promessas infalíveis de Deus. Aqui, temos a oportunidade de renovar a nossa esperança no Senhor, sabendo que podemos fazer a nossa caminhada com Cristo de maneira confiante e segura, pois o nosso Deus é fiel para cumprir as suas infalíveis promessas. Confiemos em Deus e na força do seu poder!