30 de Outubro de 2014

LIÇÃO 5 – Deus abomina a soberba | 02/11/2014

Texto Áureo Dn. 4.37 – Leitura Bíblica Dn. 4.10-18

Imagine um rei que controla as vidas das pessoas e decide se elas vivem ou morrem, mas de repente, de uma hora para outra se tornar um louco, um lunático e um irracional? Este rei foi Nabucodonosor.

 

INTRODUÇÃO

Aproximadamente 25 anos depois da sua ascensão e volta ao trono da Babilônia, Nabucodonosor teve mais um sonho perturbador que requereu a presença dos sábios do Palácio para o interpretarem. Sete anos se passaram desde o estado de loucura do rei, quando Deus o restaurou ao trono da Babilônia. Na sua volta ao Trono, ele dá um testemunho pessoal da experiência com o Deus de Daniel e reconhece a soberania desse Deus dos exilados e cativos de judá. Ele reconhece que sua loucura era resultante de sua soberba, que o levou a viver como um animal do campo por sete anos, até que Deus o tirou daquela condição.

 

1. A soberba humana

A natureza caída do ser humano o faz propenso à soberba, principalmente àqueles que ocupam posições sociais mais elevadas. Mas Deus, com sua graça maravilhosa, busca alcançar o pecador, mesmo que este esteja caminhando na direção oposta. No caso de Nabucodonosor, Deus colocou pessoas que acreditavam nEle para influenciar suas decisões. Muito embora o rei tenha se distanciado várias vezes para o orgulho, a presença de Daniel, Hananias, Mizael e Azarias oportunizava que o monarca mudasse suas práticas. O papel dos cristãos nas instituições sociais é bastante importante. Eles podem influenciar positivamente as pessoas através do testemunho, não apenas pelas palavras.

 

2. É abominação

Nabucodonosor teve um sonho que o perturbou bastante, ele viu uma árvore que chegava ao céu, sendo vista em toda terra (Dn. 4.10-18). Aquela árvore, de acordo com a interpretação corajosa de Daniel, era o próprio rei da Babilônia (Dn. 4.19-27). O rei seria retirado do seu cargo e iria viver entre os animais, até reconhecer que Deus é soberano (Dn. 4.25). A restauração do seu reino dependeria da sua disposição para se humilhar diante do Senhor. A soberba tem levado muitos à ruina, não podemos deixar de destacar que esse foi o pecado que transformou Lúcifer em Satanás (Is. 14.14). A soberba de muitos governantes está causando doenças purulentas, alguns deles estão sendo comidos por bichos (At. 12.21-23). A política dos homens se caracteriza pela autopromoção, a propagação dos feitos pessoais, diferentemente do que foi ensinado por Jesus (Mt. 6.3). O princípio bíblico permanece, Deus resiste os soberbos e exalta os humildes (I Pe. 5.5; Tg. 4.6-8). Nabucodonosor, ao invés de dar glória a Deus, colocou-se em primeiro lugar.

 

3. A Insanidade de Nabucodonosor (4.1-37)

Esta quarta história aparece sob a forma de uma epístola de Nabucodonosor a seus súditos. O material move-se do passado (seu sonho-visão interpretado por Daniel) para o presente (a profecia sobre a insanidade do rei). A lição moral e espiritual a ser comunicada é que até o maior dos poderes pagãos mostra-se impotente diante da história e das vicissitudes que estão sob o controle de Yahweh.

A graça de Deus é soberana, Seu chamado é irresistível. Os propósitos de Deus não podem ser frustrados. Ele leva a cabo tudo o que determina fazer. Agindo Deus, ninguém o impedirá. O apóstolo Paulo declara: “Aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes também justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou” (Rm 8.30). Daniel, no capítulo 4, mostra a luta de Deus na salvação de Nabucodonozor. Deus move os céus e a terra para levar esse soberbo rei à conversão. O livro de Daniel mostra a soberania de Deus na história e também na salvação de cada pessoa.

 

4. A soberba de Nabucodonosor.

A Bíblia não conta apenas as vitórias e conquistas dos homens, mas revela suas fraquezas e derrotas para que se aprenda lições que envolvem nossas relações com Deus e com as pessoas.Nabucodonosor é o grande exemplo do perigo da arrogância. Por esta causa ele perdeu seu trono e seu reino. A soberba é um dos pecados do espírito humano que afeta diretamente a soberania de Deus.

 

5. A soberba é como vírus contagiante

A soberba é o orgulho excessivo que uma pessoa demonstra e não tem nenhum senso de autocrítica. A soberba é como uma doença contagiosa que se aloja no coração do homem e ele perde a capacidade de admitir que para viver no mundo dos homens ele precisa lembrar que o outro existe. A falta do senso de autocrítica o faz agir irracionalmente (SI 101.5; 2 Cr 26.16). A soberba é contagiosa porque contamina todo o homem (Mc 7.21-23). A Bíblia nos mostra que a soberba torna os olhos altivos (Pv 21.4) e cega a vista (1 Tm 3.6; 6.4).

 

6 .A soberba foi o pecado de Lúcifer

A história de Lúcifer infere-se em dois textos proféticos de Isaías e Ezequiel nos quais, encontramos em linguagem metafórica, a história literal da queda de Lúcifer, perdendo sua posição na presença de Deus. Ele é identificado na Bíblia como Diabo, Satanás (Is 14.13-16; Ez 28.14,16). Essas duas escrituras revelam que Lúcifer perdeu seu status celestial na presença de Deus por causa da sua soberba. Por isso, a soberba é um pecado do espírito humano, que afeta diretamente as relações verticais do homem com Deus.

 

7. Nabucodonosor proclama a sabedoria de Deus (Dn 4.1-3).

Antes de contar o seu segundo sonho, Nabucodonosor em seu discurso fez uma proclamação na forma de um edito real que reconhecia os sinais e milagres que o Deus Altíssimo havia realizado, especialmente, na vida do rei. Ele diz no versículo 2: “pareceu-me bem fazer conhecidos os sinais e maravilhas que Deus, o Altíssimo, tem feito para comigo”. Nesta proclamação Nabucodonosor deseja fazer pública a experiência que teve com o Deus dos judeus.

 

8. Daniel é convocado (Dn 4.8).

O detalhe desse capítulo é que o próprio rei está contando o sonho. Os seus sábios, astrólogos e caldeus o decepcionaram, e ele lembrou-se de que havia apenas um homem no palácio em que a ciência de Deus era demonstrada e o único que podia revelar os mistérios do sonho que tanto o perturbaram. O próprio rei reconhecia que o Deus de Daniel era superior a todos os deuses da Babilônia. Ele mesmo reconhece que havia sido arrogante e Deus o adverte e revela seu futuro num sonho que ele não conseguia entender. Não se tratava de um sonho comum, mas uma revelação divina acerca do futuro de Nabucodonosor.

Daniel é convocado a entrar na presença do Rei (4.8). Nabucodonosor contou-lhe o sonho e queria que Daniel lhe desse a interpretação. Daniel ouviu atentamente o sonho do rei e pediu-lhe tempo porque, por quase uma hora, Daniel esteve atônito e sem coragem para revelar a verdade do sonho. Interpretar sonhos era uma habilidade espiritual de Daniel reconhecido desde quando entrou no palácio da Babilônia conforme está escrito: "Ora, a esses quatro jovens Deus deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda visão e sonhos”(Dn 1.17).

“Es tu, ó rei” (v. 22). Daniel foi incisivo e objetivo em informar ao rei que ele mesmo era, simbolicamente, a árvore frondosa do sonho, mas não evitaria a tragédia moral e espiritual do seu reino. Ele perderia a grandeza que tinha durante os “sete tempos” (sete anos).

 

9.A grande verdade é que:

Mesmo sendo alguém demasiadamente grande, ou seja, influente jamais escapará a jurisprudência de Deus. Mas também podemos observar muito hoje são pessoas, pouquíssimo influente, ou porque não dizer, pessoas muito simples, porem com uma soberba tal, que excede o nosso entendimento; por vezes paramos e nos perguntamos: “quem pensa que é?”, sabendo nós, que mesmo sendo, nada somos.

Ev. José Manoel – AD IÇARA - 2014